segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Pesquisando sobre as escolas alternativas , me deparo com esta frase de Maria Montessori e repenso sobre os textos lidos anteriormente:  Maquinaria Escolar de Julia Varela e Fernando Alvarez-Uria,  
Os autores deste texto,  nos descreve uma escola instituída para formar crianças e adolescentes de acordo com os interesses de uma época, ou de seus governantes. A escola como controladora social, mantendo uma elite no poder, com formação mais especializada e culturalmente mais equipada. Ao mesmo tempo que esta classe dominante - governo/igreja - obrigava a escolarização das classes populares, também definia até onde podiam chegar em seus aprendizados. Era uma classe de trabalhadores braçais ou de apoio a trabalhos menos intelectualizados e especializados. Mesmo se transformando, como descreve Clarice Nunes em (Des)Encantos da Modernidade Pedagógica, a escola inventada, na década de 20, por exemplo, serve à tradição republicana. Ensinavam hábitos de higiene, comportamentos exemplares e construção de novos significados. Década de trinta, houveram pequenas mudanças com a politização dos espaços urbanos, respingando para as escolas,  Nesta época também a aproximação das classes médias às classes mais populares foram inevitáveis. Mas as diferenças sociais ainda eram mantidas. Foram criadas outras formas de controlar a população como as rádios educativas e os livros didáticos. Através das quais definiam não só os novos saberes a serem ensinados, mas os modos de ensinar. O que tudo isso tem a ver com a frase de Maria Montessori? Penso que tudo. Enquanto não tivermos uma escola realmente livre, não seremos naturalmente cooperativos e solidários.
     Me perguntam porque da importância de pesquisar sobre escolas alternativas para a nossa vida acadêmica? Acredito que conhecer outras formas de educar, entender que é possível que aconteça aprendizagem, sem que tenhamos que impor conteúdos da forma tradicional  como a conhecemos e aprendemos. Educar é buscar constantemente alternativas para conquistar nossos alunos, nos desafiando e desafiando as formas pré-estabelecidas.



Maquinaria Escolar de Julia Varela e Fernando Alvarez-Uria, 
(Des) Encantos da Modernidade  de Clarice Nunes.

Um comentário:

  1. Olá Nanci!
    Inicio a leitura do teu texto e um questionamento me surge - Quais os objetivos desta pesquisa sobre escolas alternativas? Como esta pesquisa se insere em tua vida profissional, acadêmica e pessoal?
    Acredito que os apontamentos dos textos são pertinentes para o estudo e também para a prática pedagógica, entretanto é necessário destacar as tuas aprendizagens a respeito do tema abordado.
    Também recomendo fazer links com so textos que estão online, tal como o texto da Maquinaria. http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo2/historia-infancias/maquinaria/
    Abraço,
    Cátia
    Tutora EAD Seminário Integrador

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