Resolvi
voltar ao texto postado por mim no blog em 15/04/2017 sobre fotografia e
memória. Nele coloco minha experiência familiar de ter muitas fotografias e
revê-las de tempos em tempos. Os registros fotográficos tem uma importância
sócio histórica que conta sobre uma ou mais famílias, sobre um indivíduo ou
grupos. A fotografia traz à tona uma memória talvez esquecida, ou não falada,
de tempos felizes ou não, a lembrança de pessoas que nelas estão ou não, fato
que também pode revelar o funcionamento desta família ou grupo. Assim, podemos
falar de inúmeras memórias que um registro fotográfico pode conter, de valor,
social, cultural, geográfico, histórico, comportamental, etc.
Mas
retomo este texto para falar dos registros que fazemos no dia a dia das
crianças em nossas escolas. Com o intuito de captar momentos de aprendizagem, de
investigação, de expressões e manifestações espontâneas que na melhor das
hipóteses são reunidas em um documento chamado portfólio, onde se tenta contar o
percurso escolar de uma criança em um determinado período.
Sem nos perceber, traçamos uma parte da história
individual de uma criança; falamos do seu desenvolvimento escolar, mas também
das suas relações sócio afetivas. Contamos de seus gostos, suas preferências, suas
habilidades e também das suas dificuldades.
Um
portfólio bem feito, com registros significativos pode fazer parte destas
lembranças individuais ou coletivas, um dos álbuns de recordações da familiares.