Analisando um trabalho sobre a aquisição da linguagem na
prática, feito em grupo e sugerido pela Professora Aline Hernandez na
interdiscilplina Linguagem e Educação no eixo VII, começo a vislumbrar um maior
entendimento sobre Projeto de Aprendizagem e as Inovações Tecnológicas.
Visto que o trabalho foi desenvolvido em três turmas
diferentes de pré-escola, mas tendo um disparador em comum, a Lenda do Guaraná.
As três professoras mantêm contato durante os projetos, trocando ideias,
solicitando materiais, etc. As abordagens iniciais não se deram na mesma época,
nem da mesma forma. Os projetos desenvolvidos foram tomando caminhos
completamente diferentes, conforme os interesses despertados e demonstrados
pelos alunos de cada turma e pela mediação própria de cada professora, que
tinha interesses em interdisciplinaridades também diferentes.
Posso afirmar que durante os três projetos houveram
interatividades diversas e garantia das autonomias tanto das crianças como das
professoras.
O que explica os diferentes formatos desenvolvidas nos projetos
apesar de trabalharem a mesma temática em turmas de mesmos níveis de escolaridade?
Acreditando e aplicando os estudos dos pressupostos de um modelo pedagógico de base
construtivista ou Pedagogia Relacional, termo usado por Becker (2012) em Modelos
pedagógicos e modelos epistemológicos:
...o aluno só aprenderá alguma
coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar
a sua ação. Em outras palavras, ele sabe que há duas condições necessárias para
que algum conhecimento novo seja construído: a) que o aluno aja (assimilação)
sobre o material que o professor presume que tenha sigo de cognitivamente interessante,
ou melhor, significativo para o aluno; b) que o aluno responda para si mesmo às
perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação deste material, ou, que o
aluno se aproprie, neste segundo momento, não mais do material, mas dos
mecanismos íntimos de suas ações sobre este material; este processo far-se-á
por reflexionamento e reflexão (Piaget,1977), a partir das questões levantadas
pelos próprios alunos e das perguntas levantadas pelo professor, e de todos os
desdobramentos que daí ocorrerem.
Baseando-me nestas revisões de textos, e postagens do blog,
percebo o quanto de inovações poderíamos ter acrescentado nestes projetos. Se
os alunos e professores tivessem utilizado diferentes estratégias de
organização dos conhecimentos construídos em ferramentas tecnológicas, compartilhado
entre si essas ferramentas, talvez tivéssemos construído um projeto único e muito
maior. Refletindo as reflexões construídas nas experiências e vivências de cada
turma, de cada aluno nos seus diferentes e diversos contextos de pesquisa e de
vida.