LEITURA, ESCRITA E DESENHO
(http://nanciba.blogspot.com/2015/11/leitura-escrita-desenho.html)
Revisando minhas
postagens do 1º e 2º eixos realizadas entre os meses de setembro e novembro de
2015, encontrei esta, que com algum fundamento critico as ações e a rotina
vivenciada em salas da educação infantil, além de uma infinidade de estímulos e
excesso de informações (des)intencionadas. Continuo tendo a mesma visão das
salas de aula e da rotina escolar engessada, mas revejo com menos de crítica as
ações dos professores. Durante os anos de 2016 e 2018 eu continuei meu trabalho
em Diversidade, projeto iniciado em 2015 e que transpassava todas as
disciplinas e incluía todas as turmas. Desta forma eu frequentava as 10 turmas
de educação infantil da minha escola, do B1 ao Pré 2. Percebi que houveram
algumas mudanças bastante criativas principalmente nestes dois últimos anos em
que o município envolveu todos os professores na formulação de uma nova base
municipal para educação infantil e fundamental. Houveram diversas trocas entre
professores dos jardins das escolas fundamentais e dos prés das escolas
infantis, professores de projetos e professores de todos os níveis das 5 escolas
de educação infantil do município. Na minha escola, pudemos ver que as
intencionalidades das ações tomaram rumos diferentes, onde as participações das
crianças passaram a ser mais ativas e espontâneas dando espaço para o
fortalecimento de suas autonomias e das atitudes reflexivas, resultando em
rotinas um pouco mais flexíveis e prazerosas para ambos, crianças e
professores.
Esta análise me
remete aos textos estudados nas interdisciplinas de Criatividade e
Corporeidade. Aprendemos que as emoções fazem parte da identidade dos alunos e
afetam o desenvolvimento das suas personalidades, da sua saúde psicológica e da
sua saúde física. Proporcionar aos alunos atividades em que as suas emoções
sejam positivas; opera como um excitador na expectativa do sucesso, no orgulho
das suas realizações e nas surpresas das descobertas. As descobertas são fortes
motivadores. As emoções também controlam a atenção dos alunos, influenciam a
sua motivação para aprender, modificam as escolhas de estratégias de
aprendizagem e afetam a autorregulação das suas aprendizagens. Portanto,
possibilitando às nossas crianças fazerem suas próprias descobertas, abrimos o
caminho para essas aprendizagens, com autonomia, espontaneidade e prazer. Não
digo com isso descartar a participação do professor e deixar o aluno “solto”,
ao contrário, como um professor mediador, se faz necessário a interação
constante, com intencionalidade e afetividade que vai dimensionar e qualificar
essas relações.
Por isso repito a
postagem de 2015 citada acima, sobre o que penso e entendo do meu papel como
professora na Educação Infantil: “dedicar mais tempo às nossas crianças é
fundamental no processo de aprendizagem, pois somente os materiais, livros ou
brinquedos não educam. Assim como as crianças pedem mais a presença dos pais
nas suas vidas, também precisamos estar mais presentes em sala de aula, no
pátio, nas brincadeiras, nas refeições”.
Aprender
com o outro, numa rica interação, que faz surgir diferentes aprendizagens tanto
para um como para o outro, sem deixar de lado onde se fazem essas interações,
estas aprendizagens. (MATURANA E VARELA)
MATURANA, Humberto e VARELA, Francisco. A Árvore do
Conhecimento, subcapítulo: Brotos de Inspiração. Palas Athenas, 2003.
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