quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

LEITURA, ESCRITA E DESENHO (parte 2)


LEITURA, ESCRITA E DESENHO
 (http://nanciba.blogspot.com/2015/11/leitura-escrita-desenho.html)

     Revisando minhas postagens do 1º e 2º eixos realizadas entre os meses de setembro e novembro de 2015, encontrei esta, que com algum fundamento critico as ações e a rotina vivenciada em salas da educação infantil, além de uma infinidade de estímulos e excesso de informações (des)intencionadas. Continuo tendo a mesma visão das salas de aula e da rotina escolar engessada, mas revejo com menos de crítica as ações dos professores. Durante os anos de 2016 e 2018 eu continuei meu trabalho em Diversidade, projeto iniciado em 2015 e que transpassava todas as disciplinas e incluía todas as turmas. Desta forma eu frequentava as 10 turmas de educação infantil da minha escola, do B1 ao Pré 2. Percebi que houveram algumas mudanças bastante criativas principalmente nestes dois últimos anos em que o município envolveu todos os professores na formulação de uma nova base municipal para educação infantil e fundamental. Houveram diversas trocas entre professores dos jardins das escolas fundamentais e dos prés das escolas infantis, professores de projetos e professores de todos os níveis das 5 escolas de educação infantil do município. Na minha escola, pudemos ver que as intencionalidades das ações tomaram rumos diferentes, onde as participações das crianças passaram a ser mais ativas e espontâneas dando espaço para o fortalecimento de suas autonomias e das atitudes reflexivas, resultando em rotinas um pouco mais flexíveis e prazerosas para ambos, crianças e professores.
     Esta análise me remete aos textos estudados nas interdisciplinas de Criatividade e Corporeidade. Aprendemos que as emoções fazem parte da identidade dos alunos e afetam o desenvolvimento das suas personalidades, da sua saúde psicológica e da sua saúde física. Proporcionar aos alunos atividades em que as suas emoções sejam positivas; opera como um excitador na expectativa do sucesso, no orgulho das suas realizações e nas surpresas das descobertas. As descobertas são fortes motivadores. As emoções também controlam a atenção dos alunos, influenciam a sua motivação para aprender, modificam as escolhas de estratégias de aprendizagem e afetam a autorregulação das suas aprendizagens. Portanto, possibilitando às nossas crianças fazerem suas próprias descobertas, abrimos o caminho para essas aprendizagens, com autonomia, espontaneidade e prazer. Não digo com isso descartar a participação do professor e deixar o aluno “solto”, ao contrário, como um professor mediador, se faz necessário a interação constante, com intencionalidade e afetividade que vai dimensionar e qualificar essas relações.
     Por isso repito a postagem de 2015 citada acima, sobre o que penso e entendo do meu papel como professora na Educação Infantil: “dedicar mais tempo às nossas crianças é fundamental no processo de aprendizagem, pois somente os materiais, livros ou brinquedos não educam. Assim como as crianças pedem mais a presença dos pais nas suas vidas, também precisamos estar mais presentes em sala de aula, no pátio, nas brincadeiras, nas refeições”.

Aprender com o outro, numa rica interação, que faz surgir diferentes aprendizagens tanto para um como para o outro, sem deixar de lado onde se fazem essas interações, estas aprendizagens.  (MATURANA E VARELA)

MATURANA, Humberto e VARELA, Francisco. A Árvore do Conhecimento, subcapítulo: Brotos de Inspiração. Palas Athenas, 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário