Contrária ao início
do surgimento dos programas de alfabetização de adultos, para suprir
necessidades sociais, econômicas e políticas de uma dada época, a EJA surge
como uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional,
com finalidades específicas:
REPARADORA
– EQUALIZADORA – QUALIFICADORA
Como característica principal para o
trabalho em EJA, que a proposta pedagógica seja flexível, que proponha um
modelo próprio a fim de atender as necessidades destes jovens e adultos,
considerando as suas diferenças e os seus conhecimentos informais. Que
possibilite a atualização de conhecimentos a todos, assim como novas
oportunidades no meio social.
Para
a prática pedagógica, Hara nos fala da importância de rever as concepções sobre
aprendizagem de Paulo Freire, para um melhor entendimento sobre a leitura da
palavra ser indissociável da leitura do mundo, como ponto de partida à
compreensão dos processos pedagógicos do jovem e do adulto educando. Partindo
dos pressupostos de uma pedagogia libertadora, o professor deve ter a visão que
a alfabetização é algo necessário para a ação cultura e para a liberdade. Levar
para sala de aula um currículo onde seja possível desenvolver o interesse dos
alunos, permitindo que estes tenham voz e sejam legitimadas nas suas visões e
descobertas. Uma pedagogia crítica que se preocupa com os problemas e
necessidades dos alunos que deve levar em conta a articulação entre moralidade,
linguagem da vida pública, comunidade emancipatória e comprometimento
individual e social. Criar de fato, situações pedagógicas, que supram as
necessidades destes sujeitos, que valorize as suas vivências significativas e
dos seus cotidianos, que por fim possam romper com o silêncio destes excluídos.
Referências:
FRIEDRICH, Márcia et
al . Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas
de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio:
aval.pol.públ.Educ., Rio de Janeiro , v. 18, n. 67, p. 389-410, Junho
2010 .
HARA, Regina.
Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.
PARECER CEB no
11/2000 - Parecer Jamil Cury - Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA
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