sábado, 30 de junho de 2018

Evento Acadêmico e de Integração do PEAD.



            Hoje foi um dia especial, marcou o momento divisor entre os encontros/aula do PEAD  no Vale e a reta final/estágio e TCC. Encontro especial com alguns dos nossos ótimos professores. A palestra sempre especial com Dr. Fernando Becker e a visitação aos espaços destinados ao nosso crescimento cultural e pedagógico.
            A palestra da Professora Tânia Fortuna e suas bolsistas me fez acreditar que perdi uma aula maravilhosa no PEAD quando adoeci e não pude comparecer. A visita à brinquedoteca foi surpreendente, o acervo imenso e variado, os jogos e brinquedos estruturados e os construídos de maneira muito simples com materiais disponíveis ou de fácil aquisição. As possibilidades do brincar saltando diante de nossos olhos, rememorando nossas infâncias, chamam a atenção para a importância destes espaços em nossas escolas.
            O Museu me lembrou de quando eu o visitava com mais frequência e levava meus filhos neste e outros espaços, porque sempre acreditei na importância destes espaços para a formação cultural deles. 
            Foi de extrema importância visitar à biblioteca que até então me constrangia, talvez por não me sentir parte dela. Ser recebida pela bibliotecária tão simpática e disponível, nos fazendo circular por outros espaços que também são ou serão nossos.
            Eu teria usufruído muito mais os espaços da biblioteca e brinquedoteca se tivesse sido apresentada a eles, da forma que foi feita hoje, no início do curso. Agora, com certeza vou tornar-me intima para construir junto aos meus alunos, as nossas maiores aprendizagens.
            Por fim, a grata surpresa de conhecer a Psicóloga Giane Siciliani da Rosa e sua palestra sobre Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Apesar do curto tempo foram esclarecidas algumas dúvidas que tínhamos, de como nós professoras, devemos nos posicionar perante estes alunos e alunas  da qual suspeitamos existir algum tipo de transtorno, e de suas famílias.
            O dia foi maravilhoso e agradeço aos professores e organizadores pelo evento, mas sugiro que os espaços da UFRGS sejam apresentados logo que inicie o próximo curso.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Desafio tecnológico nos Berçários


O que fazer com as crianças de chupeta que dominam as tecnologias e os recursos táteis com muito mais facilidades que nós adultos maduros? Desafio tecnológico nos Berçários

Pensando em um planejamento para crianças pequenas entre zero e três anos, em que as tecnologias digitais não são novidades para elas, me chega a ideia de trabalhar com conceitos de linguagem. Se a linguagem é uma construção social e o sujeito é construído na e pela linguagem, planejar atividades com jogos interativos, por meios de comunicação e interlocução, criamos uma atividade inovadora para o desenvolvimento da linguagem falada das crianças.  Atividades voltadas para a imitação de sons, repetição de palavras ouvidas, estimulo às descobertos e ao manuseio das tecnologias digitais, podem gerar um bom desenvolvimento da oralidade e das estruturas da cognição, como também da autonomia das crianças.

Pedagogia Inovadora


         Inovação pedagógica trata-se  de um novo olhar sobre a maneira de ensinar e aprender. Para isso é necessário correr riscos e promover uma série de mudanças como a ruptura das antigas formas de ensinar (princípios positivistas); valorizar o conhecimento cultural e popular em detrimento da globalização tão atrelada as formas de ensinar;  partilhar além dos conhecimentos e das experiências entre alunos e professores também na coletividade, buscando uma gestão mais democrática, mais  diversa, onde as decisões sejam do coletivo; superar as dualidades, as avaliações formais e as prescrições. Projetar um equilíbrio entre as normas técnicas/regulatórias e protagonismo emancipatório.
          Assim novamente tentamos descobrir como fazer nosso trabalho docente da melhor forma, como muitos estudos pedagógicos vem demonstrando. A partir dos ambientes de aprendizagens? Utilizando as mais inovadoras tecnologias digitais? Abandonando as velhas e duradouras tecnologias como papel, caneta, giz  e quadro negro? Não. Acredito que inovar é exatamente não abandonar as velhas tecnologias que tanto fazem parte da nossa memória escolar, cultural e coletiva, mas inová-las, transforma-las  em um verdadeiro território de aprendizagens.  Mudando o formato, harmonizando, experimentar outras possibilidades de uso. E e assim iremos inovar no estágio curricular usando das tecnologias que se dispuserem a nossa frente,  pois sabemos que nossas escolas não estão preparadas para receber as inovações que chegam com as novas gerações,  mas nós docentes, estaremos preparados para recebê-las e planejarmos criando ambientes de aprendizagens onde  possamos unir estas diferentes tecnologias (velhas e novas, digitais e analógicas) é parte do grande desafio para o  próximo semestre. 


segunda-feira, 11 de junho de 2018

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


            O contexto de vida dos jovens e adultos não são favoráveis a motivação e permanência nos bancos escolares da EJA, segundo Hara, dois fatores propiciam a baixa tomada de consciência e a alta evasão destes educandos, o primeiro de ordem social, pois é a escolarização é considerado de menor importância  para esta camada da população que luta pela sobrevivência. O segundo de ordem interna do próprio projeto de alfabetização que o sistema oferece. Educadores com pouco conhecimento e quase nenhum acesso a trabalhos neste âmbito, tanto no campo da experiência quanto das metodologias. "A alfabetização competente de adultos que une o compromisso político de educadores populares com a desenvoltura técnica necessária ao seu bom desempenho é ainda realidade poucas vezes encontrada." (HARA,1992.p3). Estamos longe do ideal em que o "comprometimento político e a desenvoltura técnica", muitas vezes se junta às péssimas condições de trabalho. 
               Mas felizmente, contrário ao que Hara diz, em uma conversa com a coordenadora  e as professoras regentes das turmas de alfabetização e primeiros anos da EJA de uma escola municipal, pude perceber motivação para a docência, apesar dos desmandos de uma gestão atual, que não estabelece diálogo com a classe trabalhadora, em especial, os educadores e educadoras. O compromisso político aliado ao comprometimento com a alfabetização destes alunos e alunas é visível, tanto nos seus discursos quanto na sala de aula, onde pude constatar a alegria e o envolvimento da turma. A emoção de presenciar a regência em uma sala da classe de alfabetização na EJA e ver estes alunos e alunas  criando hipóteses, estabelecendo relações com suas vidas cotidianas e tendo no olhar a esperança de que podem ter dias melhores quando souberem dominar os códigos da escrita e da leitura, ainda nos faz acreditar que a educação é o único caminho para um mundo melhor, menos perverso, plural e maiores chances de equidade social.
           



Referência
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.