domingo, 3 de dezembro de 2017

Diversidade e a Temática LGBTQ




    
Descobri a pouco tempo um vídeo de animação que com muita qualidade e sensibilidade fala da descoberta do amor sob a perspectiva adolescente, que como a maioria, sofre de timidez e medo da  rejeição do outro. Além é claro, dos olhares julgadores dos outros adolescentes. O vídeo na verdade enfoca o primeiro amor, e mais que tudo, o sentimento incontrolável deste amor. A única marca LGBTQ neste vídeo se dá pelo fato de que o despertar do amor, se dá de um jovem por outro do mesmo sexo.
Fiquei tão tocada pelo filme, que imediatamente acreditei que seria possível uma sessão do filme na escola, entre tantas outras animações que as crianças assistem, o de uma história de amor. Uma animação curta e com enredo fácil, sem diálogos, música e desenhos muito simbólicos, como por exemplo, um coração partido.
Primeiramente apresentei a animação para algumas colegas, e depois fomos assistir juntamente com nossas turmas de Jardins, sem nenhuma prévia do que iríamos assistir. Observando suas reações e escutando seus comentários percebemos que a maior resistência se deu por dois meninos. Em uma segunda sessão a pedido das turmas, os dois meninos negaram-se a olhar, virando de costas e encobrindo os ouvidos com as mãos, sendo que o filme não continha falas, somente a música.
Alguns alunos e alunas comentaram que ao final do filme os meninos eram namorados. Quando perguntados se gostaram do desenho, as respostas foram positivas, com comentários sobre o coração que procurou seu amor, mas que se partiu. Os meninos que não queriam assistir, se limitaram a dizer que não gostaram do desenho.
Isso me faz pensar sobre a ditadura do gênero masculino

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