Descobri a
pouco tempo um vídeo de animação que com muita qualidade e sensibilidade fala
da descoberta do amor sob a perspectiva adolescente, que como a maioria, sofre
de timidez e medo da rejeição do outro.
Além é claro, dos olhares julgadores dos outros adolescentes. O vídeo na
verdade enfoca o primeiro amor, e mais que tudo, o sentimento incontrolável
deste amor. A única marca LGBTQ neste vídeo se dá pelo fato de que o despertar
do amor, se dá de um jovem por outro do mesmo sexo.
Fiquei tão
tocada pelo filme, que imediatamente acreditei que seria possível uma sessão do
filme na escola, entre tantas outras animações que as crianças assistem, o de
uma história de amor. Uma animação curta e com enredo fácil, sem diálogos, música
e desenhos muito simbólicos, como por exemplo, um coração partido.
Primeiramente
apresentei a animação para algumas colegas, e depois fomos assistir juntamente
com nossas turmas de Jardins, sem nenhuma prévia do que iríamos assistir.
Observando suas reações e escutando seus comentários percebemos que a maior resistência
se deu por dois meninos. Em uma segunda sessão a pedido das turmas, os dois meninos
negaram-se a olhar, virando de costas e encobrindo os ouvidos com as mãos,
sendo que o filme não continha falas, somente a música.
Alguns alunos e alunas comentaram
que ao final do filme os meninos eram namorados. Quando perguntados se gostaram
do desenho, as respostas foram positivas, com comentários sobre o coração que
procurou seu amor, mas que se partiu. Os meninos que não queriam assistir, se
limitaram a dizer que não gostaram do desenho.
Isso me faz
pensar sobre a ditadura do gênero masculino
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