Dilalogicidade é uma exigência
estratégica da natureza humana para alcançar resultados. E esta através de
instrumentos se torna inacabada, pois a cada dia buscamos novos resultados, pois a constante evolução tecnológica também nos
provoca a novos diálogos e a busca constante.
A consciência desta condição de
inacabado que nos torna humanos e educáveis numa totalidade que incluí
sentimentos, emoções, relações, desejos que meu corpo capta nas relações com o o
mundo, Paulo Freire diz que "a consciência do mundo que implica a consciência
de mim no mundo, com ele e com os outros, que implica também a nossa capacidade
de perceber o mundo, de compreendê-lo...”.
A
curiosidade é um elemento da qualidade humana na intenção de conhecer o mundo
através do contato (vida) e das relações (existência), é uma necessidade humana
de compreender para explicar o mundo. No nosso cotidiano movemo-nos, na maioria
das vezes, sem uma reflexão sobre a natureza, sem pensar as relações entre o
sujeito e o objeto. A curiosidade fica desarmada, não refletimos esteticamente
sobre as coisas e suas relações.
O
que Paulo Freire nos chama atenção quanto educadores é que esta curiosidade
estética não pode estar fora da sala de aula. É preciso transformar a
curiosidade estética em epistemológica. Que a teoria provoque a mente a uma
postura de curiosidade para o conhecimento. Que o espaço escolar seja adequado
e proporcione condições para este exercício dialógico.
FREIRE,
Paulo. À Sombra desta mangueira. Ed.
Olho D’água. São Paulo, 2000.
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