Sobre o Projeto
Diversidade e a festa que se realiza a mais de cinco anos na escola onde
trabalho: Anteriormente podíamos chamar de festa das culturas, porque as
professoras e a equipe diretiva se empenhavam em fazer mostra de trabalhos
sobre a consciência negra (bonequinhas pretas de EVA cabelos de esponja de aço,
coelhinhos com laços de fita, etc.) escolher uma Personalidade Negra da
comunidade escolar em um concurso promovido pela gestão municipal. Tínhamos
também bancas com culinária, vestimenta e artesanato das diversas culturas de
influência na formação cultural brasileira ou não.
A partir de
2015, conseguimos implantar dentro do projeto as outras diversidades. Neste ano
além da exposição das pessoas e crianças concorrentes para a Personalidade
Negra, os professores se envolveram em realizar trabalhos de identidade cultural,
de gênero e étnico-racial. No dia da festa entre as atrações artísticas tivemos
uma performance drag queem, corpo de baile da cultura alemã com integrantes
negros, mostra de vídeos inclusivos com experiências em LIBRAS e
audiodescrição, diversas oficinas e entre elas de influência da cultura
africana e afrodescendente. O empoderamento das diferenças se iniciou com a
minha chegada em 2015. Sinto muito orgulho do trabalho que faço e da minha
escola. Aos poucos, a equipe e os educadores aprendem juntos, me incluo neste
aprendizado, pois só nas trocas de experiências, nos erros, nos desafios conseguimos
crescer. Desde o inicio da minha carreira na educação, procurei trabalhar a
diversidade da maneira mais abrangente possível. Os cursos que fiz e agora a
faculdade de Pedagogia, tem me proporcionado muitos argumentos para a minha
luta. Neste semestre , principalmente na interdisciplina EPNEE, tive meu maior
aprendizado. Os crocodilos que carrego comigo finalmente estão saindo do fosso,
e junto aos colegas estamos construindo pontes fortes e seguras para o
atendimento destas crianças.
AQUINO, Julio Groppa (Coord), Amaral, Ligia Assumpção. Sobre
crocodilos e Avestruzes: falando de diferenças,
preconceitos e sua superação/Diferenças e preconceito na escola:
alternativas teóricas práticas Summus, São Paulos, 1998.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e
relações étnico-raciais no Brasil. EDUCAÇÃO. Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3
(63), p. 489-506, set./dez. 2007.
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