Mudanças de
comportamento em relação ao planejamento diário experenciado na escola de
educação infantil.
Durante a
interdiscilplina Projeto em Ação, me questionava sobre a forma de planejar as aulas
com temáticas tão fechadas sendo que era preciso introduzir um projeto de
aprendizagem. Após as leituras pude compreender que um Projeto de Aprendizagem nada
mais é que a valorização dos interesses do aluno, a partir da sua fala e da sua
realidade, possibilitando-lhe as ferramentas para que este se torne um aluno
pesquisador e busque as respostas às suas perguntas. Neste processo também o papel do professor
investigativo é fundamental; conhecendo turma e suas individualidades com suas
curiosidades e interesses, também deve instiga-los a dar respostas as suas
perguntas e a procurar por elas quando não as tem.
A mudança que
falo acima se refere exatamente em como minha prática de planejamento diário
mudou durante este semestre. Antes, eu chegava à turma de trabalho com o tema a
ser abordado, as falas e as perguntas que eu tinha para eles. Mesmo que dando
liberdade ao protagonismo do aluno, sempre tentei direcionar os rumos dos
diálogos para atingir objetivos traçados na minha individualidade, ou seja, “aquilo
que eu achava que deveriam aprender”, sem considerar se o tema era de seus
interesses ou provocaria mudanças significativas das suas realidades.
Trabalhando
com turmas de educação infantil dos 4 meses de idade aos cinco anos, posso
dizer que não é fácil essa mudança, turmas com muitas diferenças de idade, crianças com percursos muito diversos, com
vivências reais das mais variadas realidades socioeconômicas, religiosas e
ritmos de aprendizagens. Mas a experiência de aplicar um PA na turma de Jardim
1 (crianças de 4/5 anos) fez com que eu pensasse sobre minha ação pedagógica como
um todo. Sei que a mudança é importante,
e sei “o quê” não devo mais fazer. As minhas certezas tornaram-se provisórias e
minhas dúvidas constantes provocam mais pesquisa e maior comprometimento com as
aprendizagens significativas, tanto minhas quanto dos meus alunos.
Referências:
ALARCÃO, Isabel (ORG.). Formação reflexiva de professores – estratégias de supervisão - Editora Porto. Porto, Portugal, 1996.
BULGRAEN, Vanessa C. Papel do Professor e sua Mediação nos Processos de Elaboração do Conhecimento. Revista Conteúdo. Capivarí, v.1, n.4, ago./dez. 2010.
BULGRAEN, Vanessa C. Papel do Professor e sua Mediação nos Processos de Elaboração do Conhecimento. Revista Conteúdo. Capivarí, v.1, n.4, ago./dez. 2010.
Professor Mediador. Disponível em: http://educacaointegral.org.br/glossario/professor-mediador/.Acessado em 26/04/2017.
MODEL, Débora S. Projetos de Aprendizagem: Uma nova concepção de conceito de projeto. Trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia - UFRGS. 2010. Disponível
em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37818/000821722.pdf?sequence=1
acessado em 10/06/2017
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