domingo, 16 de julho de 2017

GESTÃO DEMOCRÁTICA ESCOLAR

Uns dos principais indicadores de uma verdadeira gestão democrática estão na utilização da escola como espaço publico e do livre acesso à informação com transparência na prestação de contas.

A importância da gestão democrática esta na discussão pela própria comunidade de como enfrentar as problemáticas locais e fomentar o objetivo principal da educação como prática social garantindo o desenvolvimento pleno do educando, da cidadania e da formação para o trabalho de acordo com a LDB.

As mediações institucionais entre Secretaria de Educação, Conselho Municipal de Educação, Escola e Conselho Escolar são alguns dos instrumentos de controle social do poder na gestão da escola utilizando de critérios impessoais, objetivos e universais na gestão dos recursos dando equivalência entre decisões e realidade social da escola.

O Projeto Político Pedagógico deve ser a identidade da escola e a sua proposta advém das necessidades que ela demanda, como um processo de decisões democrático construído dentro de um movimento da organização da escola, de acordo com a legislação, de forma participativa e coletiva, onde todos os representantes da comunidade escolar, gestores, funcionários, professores pais e alunos, vivenciem e participem efetivamente na concepção, execução e avaliação deste produto/processo também é um indicador de gestão democrática e a garantia de que este processo aconteça de forma horizontal, esta no papel do gestor articular as relações entre a comunidade e a escola. 



Referências:

QUADRO BASEADO EM: BATISTA, Neusa Chaves (2002). Democracia e Patrimonialismo: dois princípios em confronto na gestão da escola pública municipal de Porto Alegre. POA/UFRGS/PPGS (Dissertação de Mestrado) Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=4299

MARTINS, Gisele B, FOSSSATTI, Paulo e SILVA, Juliana Cristina. Os Conselhos Escolares e sua atuação pedagógica na perspectiva de uma gestão democrática. Reunião da ANPED – Educação, movimentos sociais e políticas governamentais – UFPR – Curitiba, PR. 2016.

BAIRROS, M. S. e SILVA, M. B. G. Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar: Espaços para a construção de uma escola pública democrática. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2010296/mod_resource/content/2/PPP.pdf acessado em: 09 jun 2017.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Filme/vídeo: A construção do Projeto Político Pedagógico da escola. TV Paulo Freire. 2007

MUDANÇAS


Mudanças de comportamento em relação ao planejamento diário experenciado na escola de educação infantil.


Durante a interdiscilplina Projeto em Ação, me questionava sobre a forma de planejar as aulas com temáticas tão fechadas sendo que era preciso introduzir um projeto de aprendizagem. Após as leituras pude compreender que um Projeto de Aprendizagem nada mais é que a valorização dos interesses do aluno, a partir da sua fala e da sua realidade, possibilitando-lhe as ferramentas para que este se torne um aluno pesquisador e busque as respostas às suas perguntas.  Neste processo também o papel do professor investigativo é fundamental; conhecendo turma e suas individualidades com suas curiosidades e interesses, também deve instiga-los a dar respostas as suas perguntas e a procurar por elas quando não as tem.

A mudança que falo acima se refere exatamente em como minha prática de planejamento diário mudou durante este semestre. Antes, eu chegava à turma de trabalho com o tema a ser abordado, as falas e as perguntas que eu tinha para eles. Mesmo que dando liberdade ao protagonismo do aluno, sempre tentei direcionar os rumos dos diálogos para atingir objetivos traçados na minha individualidade, ou seja, “aquilo que eu achava que deveriam aprender”, sem considerar se o tema era de seus interesses ou provocaria mudanças significativas das suas realidades.

Trabalhando com turmas de educação infantil dos 4 meses de idade aos cinco anos, posso dizer que não é fácil essa mudança, turmas com muitas diferenças de idade,  crianças com percursos muito diversos, com vivências reais das mais variadas realidades socioeconômicas, religiosas e ritmos de aprendizagens. Mas a experiência de aplicar um PA na turma de Jardim 1 (crianças de 4/5 anos) fez com que eu pensasse sobre minha ação pedagógica como um todo.  Sei que a mudança é importante, e sei “o quê” não devo mais fazer. As minhas certezas tornaram-se provisórias e minhas dúvidas constantes provocam mais pesquisa e maior comprometimento com as aprendizagens significativas, tanto minhas quanto dos meus alunos.


Referências: 
ALARCÃO, Isabel (ORG.). Formação reflexiva de professores – estratégias de supervisão -  Editora Porto. Porto, Portugal, 1996.
BULGRAEN, Vanessa C. Papel do Professor e sua Mediação nos Processos de  Elaboração do Conhecimento. Revista Conteúdo. Capivarí, v.1, n.4, ago./dez. 2010.
Professor Mediador. Disponível em: http://educacaointegral.org.br/glossario/professor-mediador/.Acessado em 26/04/2017.
MODEL, Débora S. Projetos de Aprendizagem: Uma nova concepção de conceito de projeto. Trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia - UFRGS. 2010. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37818/000821722.pdf?sequence=1  acessado em 10/06/2017



 

sábado, 15 de julho de 2017

Avaliação na Educação Infantil




Como professora de educação infantil entendo a avaliação como ferramenta para a melhora da ação educativa, não como ferramenta para medir a aprendizagem da criança.  Sendo assim, deve ser encarada como uma ferramenta para o acompanhamento do processo pedagógico, um instrumento que busca identificar pontos que precisam de maior atenção, tanto no desenvolvimento da criança como da prática do professor.  Essa passa por uma escuta e observação sensível, por uma reflexão profunda sobre o que meus alunos necessitam, o que pensam, a partir do conhecimento da realidade onde estão inseridos com o propósito de articular ações que promovam o desenvolvimento destes moral e intelectualmente.  
Conforme (HOFFMANN,1996), é preciso considerar alguns pressupostos:
a) uma proposta pedagógica que vise levar em conta a diversidade de interesse e possibilidades de exploração do mundo pela criança, respeitando sua própria identidade sociocultural e proporcionando-lhe um ambiente interativo, rico em materiais e situações experienciadas;
b) um professor curioso e investigador do mundo da criança, agindo como mediador de suas conquistas, no sentido de apoiá-la, acompanhá-la e favorecer lhe novos desafios;
c) um processo avaliativo permanente de observação, registro e reflexão acerca do pensamento das crianças, de suas diferenças culturais e de desenvolvimento, embasador do repensar do educador sobre o fazer pedagógico. (HOFFMANN,1996, p.19)


HOFFMANN, JUSSARA. Avaliação e Educação Infantil. Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança.  Porto Alegre. Editora Mediação, 1996.
Vídeo entrevista com Jussara Hoffmann. Avaliação na educação Infantil.  Publicado em 18/08/2011. https://www.youtube.com/watch?time_continue=1117&v=A74gphe1nT4