domingo, 30 de abril de 2017

Professor Reflexivo e Mediador





Professor reflexivo é aquele que aprendeu a desenvolver sua capacidade de reflexão pela observação, análise e comparação da sua práxis frente a uma interpretação dos resultados, e ao avaliar-se busca soluções para melhorar sua prática escolar, de forma persistente, sem medo de avançar no desconhecido em prol das aprendizagens.

Em uma escrita anterior, para um fórum de discussões, eu disse que os questionamentos que o professor se faz são necessários para que ocorra a sua própria aprendizagem na sua função de facilitador.  Um erro pensar desta forma, pois se o professor fosse um facilitador dos processos de aprendizagem de seus alunos, não seria necessária a reflexão, pois sendo ele o “sr” de todos os saberes, nada teria para modificar. O professor deve ser um mediador das linguagens tecnológicas, no uso das ferramentas, nas conexões entre conceitos. Deve instigar o aluno a pensar, a pesquisar e desenvolver suas próprias ideias e significados. Desta forma será possível ajudar o aluno a ampliar os seus conhecimentos pela compreensão/interligação de alguns conceitos e no desenvolvendo de sua autonomia e autocrítica. Assim também é possível dizer que o aprendizado ocorre em parceria. O professor também aprendiz, mesmo em diferentes condições aos alunos pela sua carga maior de conhecimentos e experiências, se vê estimulado a desenvolver a sua capacidade para a reflexão diante do novo. Ao interpretar a sua práxis, avalia, se auto avalia e nos questionamentos que se faz procura evidencias, compreende as consequências das suas ações e busca a transformação necessária para a sua aprendizagem e a do educando na sua função de professor mediador.

Na minha práxis, procura sempre levar a dúvida, desestabilizar comportamentos e questionar as verdades. Costumo provocar este movimento de ação- reflexão na esfera pessoal, dos alunos, dos colegas e também das condutas administrativas. Como referência da Diversidade, provoco diferentes maneiras de serem trabalhados temas pouco habituais por que penso que a escola deve ser  um espaço de reflexão constante.


Referências: 
ALARCÃO, Isabel (ORG.). Formação reflexiva de professores – estratégias de supervisão -  Editora Porto. Porto, Portugal, 1996.
BULGRAEN, Vanessa C. Papel do Professor e sua Mediação nos Processos de  Elaboração do Conhecimento. Revista Conteúdo. Capivarí, v.1, n.4, ago./dez. 2010.
Professor Mediador. Disponível em: http://educacaointegral.org.br/glossario/professor-mediador/.Acessado em 26/04/2017.


quarta-feira, 19 de abril de 2017

Projetos de Apendizagens



Os projetos de Aprendizagens surgem a partir de uma pergunta de interesse e no decorrer das pesquisas ele vai se modificando, pelas dúvidas sanadas ou pelo surgimento de novas dúvidas. Nossas certezas são sempre provisórias e é através da investigação e pesquisa que o projeto acontece. A cada investigação acumulamos conhecimento e ampliamos nossa aprendizagem.

O PA como planejamento, vai se construindo pelas reflexões sobre o que o aluno acha que sabe e através da investigação tenta provar o seu saber (certeza provisória). Durante a investigação e o consequente aumento do seu repertório em relação aquela certeza inicial, surgirão outras novas perguntas (dúvidas provisórias).

Trabalhar com projeto de aprendizagem em sala de aula com alun@s de educação infantil torna-se um desafio muito grande, mas possível, observando, questionando e refletindo sobre a nossa prática escolar diária. Questões do meio escolar e do cotidiano d@ alun@ a partir do que el@ traz nas suas relações com os objetos, com os colegas e com @s professor@s pode ser a nossa pergunta inicial.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Autonomia



      A constituição das estruturas que possibilitam a construção da autonomia vai depender diretamente das trocas com o meio e cada criança percorre este caminho de uma forma. No caso da escola somos o meio, e o professor, para a criança até os dois anos, é a relação mais próxima que ela vai ter neste ambiente de troca. Esta criança, segundo Piaget, sofre dois tipos básicos de relações na constituição da consciência moral: coação social e cooperação. Cabe a nós que tipo de relação teremos com nossos alunos durante essas trocas na constituição de suas estruturas para a construção do conhecimento e mais tarde a sua autonomia.






FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. Autonomia moral  na obra de Jean Peaget: a complexide do conceito e sua importância para a educação. Educar, Curitiba, n. 19, p. 11-22. 2002. Editora da UFPR.

Planejamento



      Se pensarmos o planejamento de sala de aula em relação ao método globalizado de Kilpatrick, que tem fundamentação na Escola de Progressista de Dewey que “pensava que as ideias só têm valor se servirem de instrumento para a resolução de problemas reais” posso dizer que o planejamento feito pelos professores do Projeto Diversidade dentro da escola que atuo é baseado em métodos globalizados. O planejamento é feito a partir de uma temática a ser trabalhada. Essa temática não parte diretamente do interesse dos alunos, mas de uma ou mais “situação problema” que fazem parte do cotidiano destes alunos em sala de aula ou do cotidiano de suas comunidades. Na busca por conhecimento para a resolução do problema/tema os alunos e as alunas precisarão utilizar e aprender uma série de fatos, conceitos, técnicas, atitudes de cooperação, etc. Para tanto, vão necessariamente utilizar dos conteúdos básicos de matemática, ciências, estudos sociais e outros de forma global.
      Como trabalho em todos os níveis da educação Infantil, para cada turma os temas são abordados de maneiras diferentes buscando entender que cada criança tem seu tempo e espaço de aprender. É preciso possibilitar diferentes vivências, através de estímulos à pesquisa, do contato com materiais, das relações com o outro e com o mundo, integrando as interdisciplinas em um tempo e espaço determinados por eles. 
     Avaliar e reavaliar, reinventar sempre, pois o objetivo será sempre desenvolver o maior número de capacidades e habilidades d@s alun@s, entre elas a capacidade de reflexão e entendimento do mundo.









sábado, 15 de abril de 2017

Aforismos?




Rubem Alves fala que um dos principais objetivos da escola é desenvolver a inteligência e ensinar o aluno a entrar em contato com o mundo através dos olhos, da curiosidade. O professor tem a função de provocar e produzir o espanto no seu aluno para que aconteça a transformação. Assim como o autor, crítico do ensino tradicional que não permite o pensamento livre, a criatividade e padroniza o conteúdo ensinado, com ideias retrógradas como a escola sem partido que os burocratas querem implantar, penso que sem a escuta dos interesses dos alunos, não pode existir o aprendizado.
            Acredito que minhas reflexões postadas no blog indiquem que estudo e me dedico para me tornar uma professora possível para “escolas asas”. Não identifico grandes “aforismos” em meus registros, mas tenho o entendimento de que o sistema educacional como vemos, não permite alunos e professores para uma “escola asas”. E é com este pensamento que procuro estabelecer um equilíbrio durante minha prática, em que possa deixar que meus alunos voem, e através de muito estudo, argumentar e defender o voo deles. Talvez me chegue um belo aforismo em que as escolas publicas tornem-se todas Escolas Asas e professores felizes e orgulhosos de seus próprios voos.