“A história inicialmente estudada no país foi a história da Europa
Ocidental, apresentada como a verdadeira história da civilização”. Assim nos
fala Elza Nadai no artigo¹ “O ensino de história no Brasil: Trajetória e
perspectiva”. Nadai fala que nossa história era centrada em datas, biografias e
algumas batalhas, contadas de forma mascarada, relegada a um segundo plano .
Fazia-se um cenário imaginário da formação da sociedade brasileira
formada a partir de contribuições étnicas dos colonizadores portugueses e mais tarde
dos imigrantes europeus e uma pequena contribuição do negro e do índio, sem
caracterizar as condições em que se faziam essas relações: enormes diferenças sociais,
de trabalho e dos direitos civis.
Com o passar do tempo e as novas e variadas metodologias e formas
de pesquisa, as influencias no modo de ensinar e fazer a historiografia no país
passou a acrescentar assuntos antes não valorizados na busca da própria
identidade. As pesquisas incorporam
temas como as lutas operárias, dos camponeses, das minorias, etc. e a conquista
que hoje se traduz nas leis 10.639 e 11.645 onde é dada a devida importância da
história e cultura do negro (afro-brasileira e africana) e do reconhecimento dos
povos originários na formação da sociedade brasileira.
¹Artigo publicado na Revista Brasileira de História disponibilizado no ambiente Moodle.
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