BRINCAR

 

Vocês brincam? Pergunta a professora no primeiro dia de aula de Ludicidade e Educação. 

Sim, respondo. Brinco com meus alunos.

Resposta errada. A professora quer saber se nós adultos brincamos.

Sim, eu brinco.

Brinco quando leio e me transforma na revolucionária Olga, na valente Ana, na inocente Clarissa ou mesmo na devassa e libertina Valentina. Também posso ser Curupira, Boitatá, Lobo Mau e Chapeuzinho quando leio para uma criança. Volto aos dez anos caminhando pelo meio fio das calçadas e rio quando desequilibro e caio. Brinco de teletransporte quando esqueço a sombrinha e tomo banho de chuva no antigo bairro que morava.  Sou macaca quando subo na árvore para comer fruta direto no pé e ainda grito como Tarzan do alto de um galho.  Brinco misturando ingredientes para uma nova receita, vestindo roupas esportivas fingindo ser atleta, usando sapatos de salto alto e andando como as grandes damas da sociedade. Sim eu brinco, o tempo todo. E hoje pensando sobre o tema, não seria eu se não brincasse. Seria uma pessoa mais chata, menos feliz e menos professora.

A professora tem outras perguntas para nós: Brincar é importante? Por quê?

Brincar é muito importante pois ajuda no desenvolvimento físico e emocional da criança. Ela cresce ativa e saudável. Nas questões emoções brincando pode resolver seus conflitos internos. Faz amizades, interage com a natureza, faz descobertas sobre si e o mundo.

Mas para o adulto é importante brincar? Sim, conforme o artigo de Loide Anes, publicado em Psic4All Psicologia para todos*, “está provado que a criatividade e o equilíbrio são vitais para a vida social. Um homem criativo faz descobertas, inventa e promove mudanças. Mas como recuperar a criatividade nos dias acelerados de hoje? Brincar é a resposta! ” 

*A importancia debrincar no adulto