segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O Ensino da Matemática na Educação Infantil

     

      O texto Alfabetização Matemática nas séries Iniciais – O que é? Como fazer? Disponibilizado no moodle de Maria da Silva Lourenço, Vivian Tammy Baiochi e Alessandra Carvalho Teixeira, tratam da alfabetização matemática como um grande desafio onde “não basta apenas aprender a reconhecer os números, é necessário compreender a qual quantidade ele se refere”, portanto para desenvolver noções matemáticas a criança precisa ainda na educação infantil,  vivenciar o pensamento matemático, queiramos ou não, que esta no seu cotidiano. Para isso, basta o professor possibilitar estes espaços onde a criança se sinta segura e livre para exercitar estes pensamentos que estão nas diversas formas de representações que ela tem na relação com os objetos. “Ensinar é sim proporcionar condições para a construção dos conhecimentos pelos alunos, de forma crítica, consciente, estimulando a autonomia, reflexão, a discussão e o raciocínio"

      Acredito que é possível trabalhar matemática permeada à rotina das crianças, pois a linguagem matemática esta presente em quase todos os momentos. No prato cheio de comida ou pela metade que servimos nas refeições, na fila por altura, nos pares de mãos dadas, na divisão dos grupos, etc. Como foi citado no texto, as crianças não precisam ter em mente nomenclaturas, mas sim perceber e desenvolver o raciocínio através da exploração de situações que podem ser provocadas pelo professor no campo aditivo. O diálogo e a utilização de variados materiais, diferentes contextos e representações irão ajudar as crianças na formação de conceitos que farão parte da compreensão da lógica matemática mais tarde no ensino fundamental.




quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Escola Inclusiva e Democrática



   
Inclusão escolar é entendida pela maioria dos educadores como aquela que inclui o aluno com algum tipo de deficiência intelectual ou física, quando na verdade é para todos os alunos que de alguma forma são excluídos ou se sentem excluídos por sua cor de pele ou etnia, por sua condição social, indisciplina¹, por sua orientação sexual e para aqueles que tem deficiência intelectual ou física
Pensar a inclusão escolar sem debater as formas de fazê-la de maneira que seja realmente democrática, é não incluir. Enquanto a escola mantém suas velhas formas de ensinar e avaliar, mais alunos excluídos teremos. É preciso modernizar e estruturar as escolas para essas novas crianças, tão diversas em suas especificidades. É preciso priorizar e aprimorar a formação docente. Não é mais possível que se perca alunos pela nossa incapacidade e intolerância na convivência com alunos “desajustados”, que demandam outras formas de interpelação.
                                                                                                                                                                                                                                                           A inclusão escolar envolve, basicamente, uma mudança de atitude face ao Outro: que não é mais um, um indivíduo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência e com o qual convivemos um certo tempo, maior ou menor de nossas vidas. O Outro, é alguém que é essencial para a nossa constituição como pessoa e dessa Alteridade é que subsistimos, e é de lá que emana a Justiça, a garantia da vida compartilhada. (MONTOAN, 2009, p.03)
            No artigo intitulado Caminhos pedagógicos da inclusão, Maria Tereza Eglér Mantoan (2002), defende a ideia que todos os alunos, não só “o diferente”, mas também o indisciplinado ou com dificuldade de aprendizado, sejam compreendidos através da convivência e do diálogo e tenham as mesmas oportunidades no âmbito escolar. Ela argumenta que o aluno não tem que se adequar a escola, mas sim a escola se adequar ao aluno. Para tanto, a autora traça caminhos que passam pela transformação geral das escolas focalizando suas experiências sob três ângulos: os desafios que provoca esse novo paradigma educacional; as ações para efetivar as transformações e as perspectivas que se abrem a partir dessas.     
O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico.(MONTOAN, 2002)
Falando sobre os desafios, Maria Tereza Mantoan afirma que é preciso priorizar a qualidade de ensino na educação básica, o que incluí sem falta a formação e o comprometimento dos professores e das escolas na renovação das práticas pedagógicas, assumindo que o fracasso escolar e as dificuldades dos alunos se devem muito ao sistema educacional.
 Entre as ações citadas pela autora para a transformação do ensino nas escolas, está o diagnóstico da população escolar, para que de forma autônoma, cada escola possa elaborar o seu Projeto Político Pedagógico em direção a um currículo inclusivo e democrático. Outra mudança importante é a descentralização que se deve aos papéis dos gestores (direção coordenação pedagógica) promovendo uma maior autonomia e comprometimento de todos os setores.
Montoan aponta como perspectivas desta nova escola inclusiva e democrática, a formação de cidadãos mais livre e sem preconceitos que aprenderão o valor e o respeito na convivência com a diversidade.
Neste contexto, fica claro o quanto ainda precisamos caminhar para chegar a este patamar da educação. O quanto precisamos transformar as nossas próprias concepções sobre educação inclusiva, pois em nossas vivencias na pratica docente nos deparamos não somente com barreiras físicas e inapropriadas às condições de incluir o aluno portador de deficiência, como também em barreiras burocráticas, regramentos e condições de desigualdades de oportunidades que são oferecidas aos nossos alunos pelas escolas da maneira como ainda são organizadas. A falta de estímulos e suporte para que o professor consiga se integrar a esta transformação, contribui para a ideia de que uma verdadeira escola para todos esteja muito distante. Mas lutemos para que não fique só no papel.
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¹Segundo La Taille (2001 apud AQUINO, 2003, p.13) (...) a pessoa disciplinada segue determinadas regras de conduta (...) a pessoa indisciplinada transgride as leis que deveria seguir. (...) A indisciplina pode, às vezes, vir em decorrência de bons motivos éticos. Se as regras não fazem sentido (e há muitas nas escolas) e se derivam de valores suspeitos (como a subserviência cega à autoridade), a indisciplina pode se justificar eticamente. (...) indisciplinas que ferem as leis morais (...). Por exemplo, o insulto, a agressão física, o tratar o professor como se fosse um objeto, não ouvi-lo, fingindo que não está presente, que não existe

REFERÊNCIAS:
AQUINO, Júlio Gropa. Indisciplina: O contraponto das escolas democráticas. São Paulo, Moderna, 2003. – Coleção cotidiano escolar.
MANTOAN, M. T .E. Caminhos pedagógicos da inclusão. Universidade de Campinas/UNICAMP. Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Reabilitação de Pessoas com Deficiência - LEPED/ FE/ Unicamp. 28 nov 2002. Disponível em: <http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=83:caminhos-pedagogicos-da-inclusao&catid=6:educacao-inclusiva&Itemid=17>. Acesso:08 out 2016.

domingo, 16 de outubro de 2016

Política, passado, presente e futuro.

     Ideias sobre a leitura da aula perdida.
     Toda a ação é um ato político, pois quando agimos é por acreditar em algo, e o fazemos seguindo preceitos e valores que nos moldam moralmente e politicamente.
    Toda ação certamente implica riscos. Toda ação tem uma reação, positiva ou não. Projetar o futuro faz parte das ações no presente, mas nunca teremos certeza, pois a reação às nossas ações são imprevisíveis,  e podem vir de outras pessoas ou de outra natureza.
     Passado, presente e futuro se relacionam o tempo todo. Todas as nossas ações são baseadas nas experiências do passado e projetadas para o futuro.
     Não existe sentidos palpáveis nestas dimensões de tempo.
     Na escola vivemos as três dimensões de tempo: estudamos no presente para conhecer o passado pensando em realizar sempre um futuro melhor ou diferente.
     As pessoas vivem (presente) de lembranças (passado), revivendo ou tentando evitar experiências do passado. Aprendem com essas experiências para pensar o futuro.

sábado, 24 de setembro de 2016

ESCRITA E REFLEXÃO

       

      Retorno nesta atividade de escrever o portfólio, ou seja neste blog, que deve ter o registro de novos saberes ou dúvidas;  as minhas reflexões sobre os temas abordados nas aulas presenciais. Pois bem, faço aqui uma breve reflexão sobre o que vejo evoluir na minha escrita: o livre pensamento. O que quero dizer com isso? Digo que hoje escrevo o que realmente penso sobre tudo o que leio, o que percebo nos  debates e o que consigo reter nas várias leituras. Não me preocupo mais em repassar conhecimentos resumindo as ideias de um ou vários textos. Entendi que reflexão não é resumo de texto, nem é a verdade absoluta e nem o contrário dela. Reflexão é a ideia que eu faço de todo o conhecimento/informação que chega a mim. Para tanto, é preciso que eu questione, busque outras leituras sobre a mesma temática e tente uma análise sob diferentes perspectivas, só assim posso formular ideias autorais, como estimulam nossos professores.
        Um dos aspectos que fortalecem nosso portfólio é a evidência. Esta posso facilmente descrevê-la por  minhas ações e observações durante as práticas cotidianas. Ao relacionar estas práticas (evidências) às ideias dos autores estudados, minha escrita  se torna argumentativa, outro aspecto bastante valorizado.
         Portanto, o blog/portfólio vai evidenciar a evolução da minha escrita autoral e de forma geral as mudanças na minha prática, pelo crescimento pessoal, pelo conhecimento adquirido e pela busca constante de novos conceitos.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Música e Aprendizagem


Mr Holland _ Adorável Professor¹


Lembrei deste filme emocionante logo na primeira aula de Libras deste semestre do nosso curso EAD em Pedagogia. 
'Na música, o próprio silêncio tem ritmo."
 Encontrei também esta frase nos escritos de cadernetas antigas na qual é dada autoria à Cláudio de Souza, resolvi postar aqui porque ela me diz muito e consigo entender a música no silêncio da vida de um surdo.   
A música é arte, diversão, reflexão, introspecção, devaneio.
Após estas reflexões penso a respeito de qual a função da música nas nossas vidas?    Terá sempre um propósito específico?
A utilização da música em nossas vidas pode vir acompanhada dos mais variados motivos. Cada situação pede um tipo de música. Um acalanto, uma dança, um rito social ou religioso, ou por simples prazer. O certo é que a música nos acompanha desde muito cedo.
Se pensarmos na música dentro da escola, veremos que assume as mais variadas funções: para iniciar ou dirigir uma atividade, nas brincadeiras de roda, para dançar, acalmar ou realizar algum tipo de exercício de relaxamento. Assim, todos os contextos têm algum tipo de música, mas cada um deles tem sua própria linguagem musical (BOWMAN, 2002, NETTL, 1997).
Eu, quanto professora de educação infantil, utilizo a música como um dos meus mais importantes instrumentos de trabalho. Sempre que a dinâmica de trabalho não está andando bem, canto uma música e é como que hipnotizasse as crianças momentaneamente. A atenção delas volta para mim, e é possível recomeçar o trabalho.
Assim como o professor Holland conseguiu de volta o amor de seu filho e da esposa, através da música.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

FÁBULAS



Fábula é um tipo de narrativa em prosa ou verso e que geralmente traz como personagens animais, objetos ou plantas com características humanas, ou seja, personificados. Essas narrativas têm como principal ideia uma crítica aos comportamentos humanos. Carregam sempre uma “lição de moral” explicitada no início ou no final da história que são curtas e fáceis de memorizar.

Trabalhar com Fábulas em sala de aula pode ser bastante interessante por provocar discussões pelas diferentes interpretações e enfrentamentos de opiniões. Na minha opinião esse tipo de enfrentamento gera um pensamento mais crítico no/a aluno/a ao defender o seu ponto de vista e escutar o ponto de vista do outro.

Um exemplo deste tipo de narrativa é a conhecida história da cigarra e a formiga. A formiga trabalha o verão inteiro para armazenar alimentos para o inverno enquanto a cigarra somente canta. Podemos discutir a moral explicita da história sob o ponto de vista de que a formiga é trabalhadora e precavida, enquanto a cigarra só quer curtir a vida e não pensa no futuro. Mas quantas outras lições podemos retirar desta relação de trabalho x prazer? Este tipo de intervenção pode ser constantemente feito durante um trabalho com fábulas em sala de aula.

Além de discutir a “moral”, é interessante também que possamos trabalhar o enredo da história da mesma forma que em outro tipo de narrativa. Saber identificar as etapas da narrativa e em que momento acontece o clímax da história, por exemplo, e a partir destas criar novos enredos.